A ilha de paz
Sábado de manhã, na pequena cidade de Hobbema, na região central do Canadá, as crianças chegam prontas para tomar o desjejum e para o programa de sábado preparado pelos membros da igreja e pelos voluntários. Em seguida, é hora de cantar, contar histórias da Bíblia e compartilhar o amor de Deus.
Receio e perguntas
Hobbema fica próximo a uma reserva nativa americana. Por mais de 60 anos, os adventistas têm trabalhado em favor da comunidade. O seu maior ministério é a escola de 160 alunos para crianças americanas nativas.
Os nativos americanos do Canadá têm boas razões para desconfiar das pessoas brancas que, em gerações passadas, tentaram forçá-los a adotar costumes dos colonizadores brancos, incluindo a religião. Hoje, os americanos nativos têm dificuldade em aceitar o cristianismo, pois muitos o veem como o Deus do povo branco.
Mas eles estão famintos por respostas às suas questões espirituais. Eles sempre perguntam ao pastor Peter Ford sobre a vida além deste mundo. Essas dúvidas abrem portas para apresentar Cristo.
– Temos tão boas novas para partilhar com eles! – o pastor Ford diz.
Vida difícil
A vida na reserva indígena é difícil. Quase metade da população está abaixo dos 18 anos, e muitos na comunidade nunca frequentaram a igreja nem conhecem Jesus como amigo pessoal e Salvador. Características de criminalidade, como drogas e gangues, só encontradas em grandes cidades, estão agora presentes em Hobbema.
Os professores da escola adventista trabalham arduamente para influenciar seus alunos a fazer escolhas sábias e resistir às drogas e ao álcool. Mas fora da escola, as crianças conhecem o outro lado da vida.
Novo ministério
O pastor Ford chegou a Hobbema em 2008, e teve a visão de compartilhar Jesus com as crianças e, por meio delas, alcançar para Cristo a maioria da comunidade. Mas precisava de ajuda, muita ajuda. Sua filha sugeriu convidar os alunos da Canadian University College (CUC) como voluntários.
A ideia de evangelismo do pastor Ford floresceu e se tornou um ministério pelo qual os estudantes da CUC se apaixonaram. No sábado, eles realizam um programa infantil semelhante ao da Escola Cristã de Férias, durante o qual apresentam Deus por meio de histórias bíblicas, músicas, artesanato e outras atividades. Tornar Jesus real para as crianças, no entanto, não é o único trabalho que os estudantes fazem.
– Quero que as crianças tenham uma chance de ter Deus em sua vida. Muitas pessoas me incentivaram quando eu estava crescendo e quero fazer o mesmo para essas crianças – diz Sapphire, uma das voluntárias da CUC.
Jéssica, outra voluntária, diz: – Eu queria uma relação mais pessoal com Deus e um evangelismo que eu pudesse chamar de meu.
Encontrei-o em Hobbema!
Modelos positivos
Elise estava envolvida ativamente na igreja da faculdade, mas queria tentar algo mais, algo fora de sua zona de conforto. Ela descobriu que o ministério em uma comunidade como Hobbema não é um projeto de curto prazo.
– Fazer amigos e construir relacionamentos de longo prazo é o que vai realmente levar pessoas a um relacionamento crescente com Jesus – Elise diz.
Os estudantes voluntários procuram oferecer às crianças de Hobbema modelos de vida positivos que as ajudem a resistir à tentação de se juntar a gangues e experimentar drogas ou álcool. Os alunos levam as crianças mais velhas e adolescentes para patinação, escalada na rocha e acampamentos com o objetivo de se aproximar deles.
Está dando resultado o trabalho árduo dos alunos da CUC e dos membros da igreja, como Bob e Jeannie Spratt, que trabalham em Hobbema há mais de 18 anos. Várias crianças americanas nativas começaram por si mesmas a frequentar os programas da Escola Sabatina. A mãe de algumas das crianças ficou curiosa e começou a frequentar a igreja com seus filhos. Continuou e incentivou o marido a se unir a ela. Hoje toda a família participa dos cultos semanais.
Um novo desafio
A pequena congregação em Hobbema aluga um prédio muito pequeno e antigo para as atividades que desenvolve.
– Precisamos de espaço para continuar o ministério da sopa que alimenta 60 a 120 pessoas por semana – diz o Pastor Ford. – Os jovens precisam de uma sala para realizar seus programas, e a classe da Escola Sabatina das crianças precisa ser ampliada.
Recentemente, a associação local ajudou a igreja a comprar um terreno para a construção. Mas levantar fundos em Hobbema, na melhor das hipóteses, é uma tarefa difícil.
O desemprego é generalizado, e a maioria da população vive abaixo da linha da pobreza. Porém, o Pastor Ford não está desanimado.
– Deus conhece nossa situação e sabe que precisamos de um prédio. O Senhor nos mostrará o caminho – ele diz.
Ter uma igreja estruturada é mais do que apenas uma conveniência. Na cultura nativa americana a falta de um prédio significa que a igreja não tem solidez.
– É hora de mudar essa percepção. Queremos que nossos amigos em Hobbema ouçam a mensagem de que Jesus os ama e os convida a passar a eternidade com Ele – diz o Pastor Ford.
Notícias missionárias
• O Canadá tem cerca de seiscentos povos nativos americanos e tribos espalhados de uma costa à outra. A história de hoje veio de uma reserva Cree em Alberta, uma província plana localizada no centro-oeste do Canadá.
• Cerca de metade do povo Cree tem menos de 18 anos de idade. Com frequência, esses jovens se envolvem com gangues, drogas e álcool, pondo em risco sua vida e seu futuro.
• A pequena igreja adventista em Hobbema, Alberta, está lutando para capacitar esses jovens americanos nativos a resistir às tentações das drogas, do álcool, da atividade das gangues e entregar a vida a Deus.
• Cerca de metade do povo Cree tem menos de 18 anos de idade. Com frequência, esses jovens se envolvem com gangues, drogas e álcool, pondo em risco sua vida e seu futuro.
• A pequena igreja adventista em Hobbema, Alberta, está lutando para capacitar esses jovens americanos nativos a resistir às tentações das drogas, do álcool, da atividade das gangues e entregar a vida a Deus.

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