quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Missão Calebe Iguape 2015

   
(no  Mirante do Cristo)

     Nestas férias tive o prazer de realizar um sonho que me acompanhava desde o Campori da Divisão Sul Americana em 2014, onde conheci a Missão Calebe mais a fundo, pois até aquele momento só havia escutado por cima informações distorcidas sobre este projeto MA-RA-VI-LHO-SO! 
    Para a realização deste sonho, contei com a ajuda de um amigo que é quase irmão, apaixonado por missões humanitárias, que atendendo o meu pedido de ajuda, para encontrar uma equipe de Calebes, me passou o contato de sua amiga Calebe Mari. A Mari no mesmo instante me adicionou no facebook, convidou para trabalhos comunitários por São Paulo e deixou avisado que assim que tivesse as informações da próxima Missão que a equipe que ela participava, me avisaria. E assim aconteceu, em um Domingo tivemos uma reunião no Colégio Adventista da Liberdade e depois em uma Igreja perto da APS, onde pude sentir um pouquinhoooooooooooo do que seria a Missão e ficar mais ansiosa ainda. 


    
     A ansiedade era justificada por diversos motivos, estaria passando 15 dias com pessoas que não conhecia (com exceção do Caio), não imaginava como iria reagir, nunca tinha dado estudo bíblico sem meus pais ou líderes da igreja, queria fazer o "bem não importando a quem" em um ritmo intenso, afinal aguardava pela Missão há meses.
     Havia decidido que NADA iria desviar o meu foco, as 2 semanas que prescindiam a viagem, foram intensas, dificeis, e vencidas. Mas a "cereja da dificuldade" veio no dia de partir, Sexta-Feira, 03 de Julho de 2015,pela manhã, minha tia-bisavó, quem eu já havia dedicado post neste blog (Leia aqui: Quem Sabe Aproveitar a Vida, Chega Até os 100?) após ter sofrido uma queda no dia 30 de Junho, veio a falecer. Foi um grande chock, pois ela sempre teve uma saúde de "ferro", com uma vitalidade invejavél a todos. 
    Eu e meus familiares nos dedicamos a correr atrás dos documentos necessários para o enterro, dedicando paciência a funerária e carinho, conforto, abraço, para meus avós, eu principalmente, que não desgrudei um segundo deles, pois estavam muito abalados como eu. Bom este sentimento de perda, só me fez lembrar de Apocalipse 21 e 22, e ter a certeza que precisava/preciso fazer o meu trabalho. Precisava cumprir a minha Missão, muitos ainda não conhecem o verdadeiro Jesus, o Deus do AMOR e da JUSTIÇA.  
     20h o corpo foi liberado e nós também. O enterro só poderia acontecer no Sábado pela manhã. Me despedi de meus avos, quase com lágrimas, recebi as instruções do Tchotcholino (apelido do meu avô) e fui para casa tomar banho, finalizar a mala e partir para o UNASP a encontro dos outros Calebes ansiosos pelos 15 dias que estavam por vir. 
     Ao chegar no UNASP senti uma sensação de alívio e ao mesmo tempo tensão, estava deixando meu lar enlutado para seguir viagem para um lugar desconhecido com pessoas um pouco menos desconhecidas após as duas reuniões e grupos de whatsapp. O ônibus chegou. Carregamos, entramos, oramos e seguimos viagem, rumo Iguape, a Cidade que a partir daqueles 15 dias receberia duas novas cores: azul e amarelo (as cores dos nossos uniformes rsrs). 
     Chegamos pela madrugada, mas ao Sábado de manhã fomos recebidos com um delicioso café da manhã e abraços que com o passar dos dias foram se tornando cada vez mais calorosos. 

  No Domingo pela manhã saímos para conhecer a cidade, os limites de área que "calebariamos", desfrutando de risadas, prédios históricos, e uma linda vista do "Cristo", mirante acompanhando de réplica do monumento Cristo Redentor, presente no Rio de Janeiro. Por meio deste mirante, nos deliciamos de uma vista belíssima e pudemos ver o mapa "em 3D". Foi super legal!!!

            No Domingo à tarde nós já começamos a "calebar", o trio o qual eu fiz parte ficou com a Avenida Ademar de Barros, uma das principais vias de comércio da Cidade de Iguape, nos mostrando um grande desafio a trilhar, pois nos comércios as pessoas não podiam nos atender como desejavam ou disponibilizarem um tempo razoável conosco, mas nem com o desafio Deus nos desamparou. Várias pessoas nos receberam para conversar, algumas ficaram interessadas em estudos bíblicos, e por meio destas pessoas fomos conhecendo a fantástica história de Iguape e de suas  famílias. 
   No período que estivemos em Missão em um dos Sábados visitamos o Asilo da Cidade, tendo a imensa oportunidade de aprender histórias novas com aqueles idosos fantásticos e ANIMADOS! Seguimos para uma visita relâmpago a um amigo do grupo de Calebes local, seguindo junto com este amigo para o parque da cidade e para um luau na praia, foi um Sábado intenso e DELICIOSO, digno de ser guardado no coração e memória para sempre. Também buscamos assistência social para os mendigos, mantimentos ou itens médicos que pessoas visitadas necessitavam, fizemos ação global, com doação de roupas, sapatos, pinturas em rosto e bexigas para as crianças e cantinho da beleza. Houve em todos os fins de tardes úteis, o curso de como deixar de fumar, com pessoas muito sinceras, que além de se interessarem de se afastar do vício, se interessaram em estudar a Bíblia.
     

    Todas as noites nós preparávamos com a ajuda do Espirito Santo,  conferências para aqueles que nos visitassem com músicas, teatro, reflexão...  E como o Reino dos Céus é das crianças (e daqueles que tiverem espírito puro como elas) havia em paralelo uma programação preparada para elas, que se dirigiam cantando e pulando ao local separado para elas com a música "Eu Sou Feliz" do grupo Adoradores. Nestas programações destinadas a elas, podiam se divertir ouvindo historinhas, teatro, ensaiaram uma música para cantar no último dia de Missão... Elas amavam! E os Calebes também rsrs. Muitas delas pediram para conhecer mais de Jesus e os Calebes de forma abençoada as ajudaram a descobrir as histórias fantásticas que estão na Bíblia. 


     Escolher SER Calebe sem dúvidas foi uma das melhores coisas que pude fazer nesses 17 anos e 07 meses. Os 15 dias em Iguape serviram para eu aprender o quão importante eu sou para Deus, como as pessoas precisam de amor e quanta diferença um sorriso no rosto acompanhado de bom dia faz diferença no bem estar das pessoas. Descobri a importância do abraço, conheci uma família que tem a mesma loucura e desejo que eu, que aceitou a Missão com e sem medo, que dividiu homenagens, carinhos, choros, risadas, alturas, louças, tanque de roupas, quarto e mais legal: experiências que levarei para a minha vida inteirinhaaaaaa... Esta foi a primeira Missão de MUITAS, afinal se a gente acha que faltam pessoas demonstrando amor, que o mundo está ruim... Precisamos colocar a mão na massa e ao menos tornar tudo isto mais agradável, amável, alegre e esperançoso. Não sou a única que AMOU a Missão, cada um dentro da sua óptica, sentiu coisas semelhantes e possui o desejo de MAIS. Pedi para alguns Calebes descreverem em uma frase ou pequeno texto o que acharam da Missão:
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     E por mais que já tenha colocado neste post mais de 500 caracteres, tenho que concordar com a Gaby. Tudo o que vivemos é indescritível. Nós tentamos, mas não existem palavras que contemplem tais momentos e sentimentos. Mas existe a gratidão e convite. Venha SER um Calebe, dizem os veteranos que cada Missão é única e especial, não tenha dúvidas que a próxima será ótima também! Procure a sua Associação e se inscreva para que nas próximas férias você viva esta benção! Por hora nós vamos seguindo nossos caminhos, mesmo com saudade de todos os momentos, mas principalmente dos cultos matinais e pores do sol, mas a Missão não acabou, apenas começou, só que no nosso dia-adia (muito mais difícil), mas temos um objetivo e aceitamos cumpri-lo! Porque NÓS SOMOS CALEBES! 




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